segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sinais dos Tempos...

A estética e a ética como instrumentos de salvação individual contra a sociedade cibernética formatada e a procura desenfreada do lucro e da eficácia "perfomativa ",em que todos querem ser parecidos com os demais na busca de vidas perfeitas,que só existem na rede , mas que a maioria quer fazer crer que vive num paraíso, paradoxalmente semeado ,fisicamente, numa Europa deserta de ideias, vendida a" chinesices " e num Portugal amordaçado e espoliado, em que todos se controlam uns aos outros, em que a letargia invade uma civilização sentada...Que só reagirá quando a dor infligida ( George Orwell) for superior ao prazer e bem estar induzidos pela tecnologia ( e não tanto a farmacologia prevista por Aldous Huxley)...Preocupados com o espelho, a irracionalidade aumenta, adormece a razão, destrói a individualidade de cada um, abre caminho a uma doce tirania...A realidade é muito ampla e o cérebro humano capta uma infinitésima parte da mesma..Por isso, cada um inventa as suas histórias e representações da realidade para ordenar o caos...Nem que para isso , se viva na mais pura das ficções( cientificamente provado)...Porque percepcionar uma realidade , não é conhecê-la...Mas o espectáculo tem de continuar...E alguém , noutro tempo e noutro lugar, haverá deixar cair o pano desta peça de teatro, que é a vida, que nunca teve , nem nunca terá ensaio geral...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Como o totalitarismo entra nas casas dos bons cidadãos e os anestesia...


 

George Orwell e Ray Bradbury  alertaram que os livros poderiam ser proibidos. Como não foram, nas sociedades ocidentais, pelo menos, ninguém os lê e os cidadãos utilizam o seu tempo na busca de informação instantânea na internet.  Como todos iriam notar  a censura da informação , que Orwell preconizava ,seria demasiado visível, nada como inundar os cidadãos de informação. O excesso de informação leva a que as pessoas se tornem acríticas, passivas e egocêntricas , e por isso, o excesso converteu-se em défice.

Estando, constantemente, em rede,  as pessoas buscam ser parecidas umas com as outras: colocam as mesmas imagens, não emitem opiniões  desagradáveis, promovem a hipocrisia cibernética , não interagem substancialmente , “alikendo-se”, procuram seguir as correntes dominantes na busca da fama, glória, dinheiro, sucesso e imagem , que a sociedade de  consumo promove, bem como  adoram as suas “ vacas sagradas”,  grandes lideres na promoção do ter em vez do ser, da visibilidade mediática , da validação da corporação e do corpo. Promove-se a eficácia e a performance, contra a axiologia e o relacionamento humano, densificamente relevante . 

Em Orwell, havia um big brohter. Em Huxley , todos controlavam todos pelo nivelamento de comportamentos, substituindo  o princípio da realidade pelo do prazer, criando uma sociedade estupidamente e artificialmente feliz, alienada , leviana e fútil.

Em Aldous Huxley , o prazer era uma arma de domínio . Em Orwell, a dor e a subversão da linguagem um instrumento de controle.

Os sistemas comunistas e fascistas ruíram porque foram demasiado orwellianos. Os sistemas capitalistas dominam o mundo porque o controle é feito por indução de camadas de bem –estar, sendo a tecnologia o catalisador de comportamentos, atitudes e padrões de vida;

Enquanto os cidadãos estão distraídos, o sistema capitalista e consumista  vai-lhes retirando energias vitais. Olhando para o umbigo, os cidadãos vão-se desintegrando,  no foro pessoal, social e relacional. O sistema vai gerindo os recursos e quando o exponencial crescimento da população mundial levar a que sementes e água sejam privatizados, os cidadãos vão sentir fome e sede. Serão obrigados a levantar-se das suas adições tecnológicas , lutar pela sobrevivência e perceber que nessa altura a sociedade orwelliana voltará . A história vai repetir-se …

Tudo porque enquanto o prazer induzido for superior à dor infligida, toda a transformação da História não passará pelo Povo , nem por qualquer mecanismo democrático…

Por isso a decadência é um lugar de exílio a que todos tentam fugir com a busca do prazer e bem-estar permanente , renegando a identidade, a  natureza irracional do homem e promovendo o arrepiante medo de existir… As massas , cada vez mais iguais, vivem nas suas Coreias e ninguém as avisa…Mas isso também não é para dizer aqui, que nem “ vaca sagrada” sou…

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

TABACARIA...NA AUSTERIDADE,,,



 
 

Dedicada ao Sr Fernando , que sendo Pessoa, não sabia quem era ou queria ser fútil e tributável, como todas as pessoas…E estando bem morto, continua vivo…


 Não tenho nada.
 Nunca terei nada.
 Não posso querer tudo.
 À parte isso, tenho em mim todas as consolas do mundo.

 Tenho em mim a dupla personalidade...( do palhaço-rico e do palhaço-pobre).
 Porque o circo é o de sempre…e o pão, a carcaça bolorenta do tempo...


 Janelas do meu computador,
 Do meu computador de um dos milhões do mundo -que ninguém sabe quem é-
 (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
 Dais para a evidência de uma rede cruzada constantemente por gente,
 Para uma rede acessível a todos os pensamentos,
 Virtual, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
 Com o mistério das finanças por baixo dos mercados e dos especuladores,
 Com o rating a pôr ranhos nas paredes e cabelos brancos nos homens,
 Com a irracionalidade a conduzir a besta para toda a carga , pelo poço dos sem vintém.


Estou hoje falido, como se soubesse a mentira.
Estou hoje confuso, como se estivesse para viver,
E não tivesse mais paciência com os mercados
Senão uma despedida, tornando-se este País de faz de conta, este lado da rede.
A fileira de carruagens de um comboio para o abismo e uma partida adiada…


De dentro do meu estômago,
Cansado de levar murros com tanta ranger de queixos e palavas vãs…


Estou hoje lúcido, como quem julgou pensar, perdeu e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a deslealdade que devo
Aos governantes inócuos, do outro lado da rede, como coisa irreal por dentro,
E à sensação de que tudo é pesadelo, como coisa real por fora.


 Acertei em tudo.
 Como não fiz propósito nenhum, talvez nada fosse tudo.
 A aprendizagem de previsões que me deram,
 Desci dela pela janela das traseiras da tipografia.
 Fui até ao Terreiro do Paço com grandes propósitos.
 Mas lá encontrei só ervas daninhas e figueiras estéreis,
 E quando havia gente era igual à outra.
 Saio da janela, sento-me numa cadeira, a do poder. Em que hei de pensar?


 Em nada,
 As cadeiras do poder são cadeiras de condenados à morte,
 Que esvaziam todo o pensamento…


 Que sei eu do que terei, eu que não sei o que tenho?
 Tenho o que penso? Mas tenho tanta coisa emprestada!
 E há tantos que pensam ter a mesma coisa que não podem ter tanto!
 Asno? Neste momento
 Cem mil asnos se concebem em sonhos europeus desvanecidos, como eu,
 E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
 Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.


 Nem Hércules limpará o rabo dos Bois de Augias,
 Nem Ulisses voltará a Europa…
 Sim, creio em mim, mais que no outro …



Em todos os governos há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma dúvida, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas águas – furtadas ( verdadeiramente furtadas e não roubadas)   do mundo,
Não estão nesta hora génios de pacotilha corporativista conspirando?
Quantas manipulações altas e nobres e lúcidas
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas
E quem sabe se realizáveis,
Verão a luz do sol real e acharão ouvidos de gente que quer ouvir mentiras reconfortantes a verdades inconvenientes?
O mundo é para quem nasce para o abandonar
E não para quem o conquista mesmo sem razão



 Tenho sonhado mais que o que D. Sebastião fez.
 Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Barrabás,
 Tenho feito análises em segredo que nenhum Marx ousou escrever.
 Mas sou, e talvez serei sempre, o das águas-furtadas,
 Ainda que não more nela;
 (Porque fui despejado)



Serei sempre o que não se auto-publicitou  para aquilo;
Serei sempre só o que tinha cêntimos;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta- e nem sequer era uma caixa de multibanco-



 E cantou a cantiga do finito numa capoeira de representantes…
 E ouviu a voz do Presidente num poço sem fundo.
 Crer em mim? Não, nem em nada.
 Derrame-me a Finança sobre a cabeça ardente
 O seu juro, a sua usura, o levantamento que iça o depósito,
 E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
 Escravos viscerais das areias movediças,
 Protestamos contra todo o mundo antes de nos deitar na cama;
 Mas adormecemos, acordados, e ele é reconfortante,
 Levantamo-nos e ele é sadomasoquista de algibeira,
 Saímos de frente do computador e ele é a terra inteira,
 Mais o sistema financeiro, a Via Láctea e o Indefinido.


(Come perceves, pequena;
 Come perceves!
 Olha que não há mais metafísica no mundo senão perceves.
 Olha que as religiões todas não ensinam mais que peixaria.
 Come, pequena suja, come!
 Pudesse eu comer perceves com a mesma verdade com que comes!
 Mas eu penso e, ao tirar o papel de embrulho, que é de folha de prata,
 Deito tudo para a pia, como tenho deitado a poupança.)


 Mas ao menos fica da amargura do que nunca terei
 A caligrafia rápida destas reais ficções,
 Pórtico partido para o possível.
 Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo com lágrimas de cera,
 Fútil ao menos no gesto largo com que atiro
 A roupa alugada que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
 E fico em casa sem camisa.


(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
 Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
 Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
 Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
 Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
 Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
 Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
 Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
 Meu coração é um balde despejado.
 Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
 A mim mesmo e não encontro nada.
 Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
 Vejo as lojas falidas, vejo os passeios esburacados, vejo os carros estacionados sem gasóleo,
 Vejo os entes vivos despidos que se cruzam,
 Vejo os cães sarnentos que também existem,
 E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
 E tudo isto é estrangeiro, como tudo, como a troika.)


 Vivi, estudei, amei e até investi na bolsa,
 E hoje sou um mendigo de espírito.
 Olho a cada um os panos branqueados da justiça, as chagas da política e a mentira social,
 E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
 ( Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
 Talvez tenhas existido apenas, como um cidadão a quem cortam o rabo
 E que é rabo para aquém do cidadão, remexidamente.


Tive o que não podia ter
 E o que podia ter com , honestidade, não o tive.
O dominó em que me vi , não me deitou abaixo, como última peça de um jogo viciado.
Conheceram-me logo por quem era , desmenti e não fui preso.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Tinha rejuvenescido.
Estava embriagado pela arrogância e estupidez, adaptei-me à nova máscara , vesti o   melhor fato e dormi na suite presidencial
Como um cão  tolerado pela gerência externa
 Por ser inofensivo
 E vou escrever esta história para provar que nunca me engano.


Essência atónita dos minhas prosas cíclicas,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
 
Calcando aos pés a consciência de não ter consciência alguma.
Ou adormece-la como uma puta, fumando a espuma dos dias…
Ou como um tapete em que um mago louco se enrola.
Ou um capacho que os cambistas roubaram e ia valendo o que lhes apetecesse…



Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
 Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
 E com o desconforto da alma mal-entendendo.


Porque sabia das minhas habilidades e calou-se
Porque lhe devo um pacto de sangue…



Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei as prosas políticas.
A certa altura morrerá a tabuleta também, as prosas também.
Depois de certa altura morrerá a rede onde esteve a tabuleta dos preços,
E a língua em que foram escritos as prosas.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como prosas e vivendo por baixo de coisas como tabuletas com preços,



 Sempre uma coisa defronte da outra,
 Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
 Sempre o impossível tão estúpido como o real,
 Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
 Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.


Mas um homem entrou na Tabacaria (para pagar o tabaco fiado?)
 E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
 Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
 E vou tencionar escrever estas fraeses em que digo o contrário.


 Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
 E saboreio no cigarro a libertação de todos as dívidas.
 Sigo o fumo como uma rota própria,
 E gozo, num momento sensitivo e incompetente,
 O aprisionamento a todas as especulações
 E a consciência de que as flutuações na bolsa é uma consequência de estar mal disposto.


Depois deito-me para trás na cadeira
 E continuo fumando.
 Enquanto a bolsa mo conceder, continuarei fumando.


(Se eu casasse com a filha do meu banqueiro
 Talvez fosse feliz.)
 Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
 O homem saiu da Tabacaria (metendo o dote… na algibeira.. das cuecas sujas?).
 Ah, conheço-o; é o Esteves da Tabacaria.
 (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
 Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
 Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
 Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.


        












 
 
 

E se os Lusíadas fossem escritos no século XXI e Camões tivesse cegado de mais um olho...


1
As taxas e os impostos assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por orçamentos nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Dívida,
Em perigos e guerras ignorados,
Mais do que prometia a culpa humana,
E entre gente remota enterraram
Novo Reino, que tanto ignoraram;

2

E também as receitas gloriosas
Daqueles impunes, que foram dilatando
A impiedade, a bolsa e as terras viciosas
De Europa, da América e de Ásia vieram para devastar;
E aqueles, que por obras medíocres
Se vão da lei da morte agrilhoando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar a incompetência e a manha.

3

Cessem do condenado Grego e do Troiano
Os naufrágios grandes que fizeram;
Cale-se José e outros tais...
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito humilhado Lusitano,
A quem Cowboy e Frey escarnecem :
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro empréstimo mais alto se alevanta.

4
E vós, Portugueses, pois criado
Tendes em mim um novo trovador ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio tristemente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham medo à troikiene

5

Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublimes versos cabem em tabela de preços

6
E vós, ó traiçoeira e temida segurança,
Da Lusitana liberdade , perdida ficará…
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena produtividade;
Vós, ó novo temor da banca lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
Dada ao mundo por Cifrão, que todo o mande,
Para do mundo a cifrão dar parte grande;

7

Vós, crua e nova crise financeira
De uma árvore de notas mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou o euro
As que Ele para si na Cruz tomou)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CONTEMPORANEIDADES 1.3.14




Foto: Ansel Adams

Poema: Jon Bagt


Não é a implosão do átomo…

É a desintegração do humano…

Não é a fúria da natureza;

É não ter natureza nenhuma

Ó clones umbilicais com rostos oblíquos

 Ó corações dilacerados pelo fugidio

Ó almas vertidas em latas de tinta permanente…

Ansiosas por tirar cifrões do nariz…

Perdidos na replicação de lugares comuns…

Subliminarmente conduzidos pelo poder sem rosto,

Pela glória, pelo auto-elogio, pela fogueira das vaidades…

Cadáveres adiados que se tornam múmias deambulantes

Por portais sem portas…

Por  janelas viradas para dentro…

Abraçai a imperfeição como princípio da incerteza

Porque no fim do mundo…

Nada restará a não ser a pegada invisível

Da vossa incomunicabilidade…

 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PASTAGENS



  As massas são como carneirinhos. Andam umas atrás das outras e dizem "mé-mé", mas na hora de irem à teta da cabra, ela dá-lhes um coice. São tosquiadas e a sua lã serve para fazer casacos, para os amigos das cabras: os bodes ( Excerto da História Não Oficial da Criação Humana, Jon Bagt)


sábado, 4 de janeiro de 2014

O "OBSOLENTO" PROGRAMADOR


 Reinaldo Tucamanov era um fiel seguidor da obsolescência programada. Como ditador camuflado , também queria aplicar a obsolescência ao humanos e não somente às máquinas, que Isaac Asimov descreveu. Sete biliões seria demais...Deste modo, o genocídio seria feito de modo lento, progressivo e invisível: controlava-se o acesso à agua e as sementes, que permitiram a sedentarização do homem, deixariam de ser livremente trocadas. O abismo é um produto da ganância e especulação de uma minoria e da distracção de uma maioria, que é escrava sem saber ou que permite a escravidão por vício, medo, tédio ou necessidade.  E quando o homem se afasta da natureza  semeia a sua destruição ....

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Arctic Monkeys?...


Asdrúbal Livianto bebia uma caipirinha , com muito gelo , na praia. A maré subiu  e a toalha naufragou.   Voltou ao Hotel . Abriu o frigorífico e meteu-se lá dentro. Continuou a ser um urso, mas nada que o impedisse de “polar”, de praia em praia , até ao deserto final,