Foto: Ansel Adams
Poema: Jon Bagt
Não é a implosão do átomo…
É a desintegração do humano…
Não é a fúria da natureza;
É não ter natureza nenhuma
Ó clones umbilicais com rostos oblíquos
Ó corações
dilacerados pelo fugidio
Ó almas vertidas em latas de tinta permanente…
Ansiosas por tirar cifrões do nariz…
Perdidos na replicação de lugares comuns…
Subliminarmente conduzidos pelo poder sem rosto,
Pela glória, pelo auto-elogio, pela fogueira das vaidades…
Cadáveres adiados que se tornam múmias deambulantes
Por portais sem portas…
Por janelas viradas
para dentro…
Abraçai a imperfeição como princípio da incerteza
Porque no fim do mundo…
Nada restará a não ser a pegada invisível
Da vossa incomunicabilidade…
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