"O Século XXI será religioso ou pura e simplesmente não
será."( André Malraux)
A disjunção da expressão permite que, a
previsão de Malraux, seja sempre lógica. O que não é lógico é o extremismo de
posições em defesa ou contra a religião. Uma única visão do mundo e de
organização social só levam à intolerância, à barbárie e à destruição inata do
Ser Humano, que tem necessidade de uma dimensão transcendente.
Mais que religioso, o Século XXI será
espiritual. Os ciclos repetem-se na história , com pequenas variações. A seguir
a um ciclo materialista e tecnológico virá o ciclo da espiritualidade e
vice-versa. Se assim não for, como profetizava Malraux, estaremos a entrar no
horizonte da insanidade e da via suicidária colectiva.
A religião deixou de ter um arco de
magia e uma seta mitológica. O Humano, na sua perene e frágil dimensão , procura
o alento quotidiano da alma. Vejam-se as
constantes frases, esquemas, imagens, desenhos, que os cibernautas colocam no
espaço virtual como lidar com a vida.
Como se a vida tivesse um ensaio geral ou uma bússola , que indicasse o
caminho , mas não a geologia do mesmo.
Somos passageiros de um espaço, que não é nosso , de um tempo que não
dominamos. Qualquer tentativa de interpretação, não dissolve o mistério que
abarca, qualquer explicação do sentido da vida.
Foto: Jon Bagt
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